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Clínica Lucano

Unidade Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia

Brusque - SC

  

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Balanceamento da Alimentação - (Qualidade de Vida 2 - QV2)
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Definição

 

Ao falar em dieta a maioria das pessoas pensa imediatamente em “passar fome”. Mas isto não é verdade. De acordo com o Dicionário Aurélio, dieta é a “ingestão de alimentos habituais, ou aquela que se faz visando preencher as necessidades específicas de um indivíduo, incluindo ou excluindo certos itens de sua alimentação”.

Vamos mostrar, neste artigo, as linhas gerais de uma dieta saudável. Casos especiais necessitam dietas especiais e precisam da orientação de um médico (de preferência um nutrólogo ou um endocrinologista) ou de um nutricionista.

Alimentação balanceada prevê a ingestão de todos os tipos de alimentos.

Antes de tudo precisamos diferenciar alimentação de nutrição. Grosso modo podemos dizer que se alimentar significa apenas “comer qualquer coisa”. Levando este raciocínio adiante podemos dizer que um indivíduo bem alimentado não significa, necessariamente, bem nutrido. Bem nutrido seria o indivíduo que se alimenta de todos os ingredientes necessários ao organismo, isto é, aqueles que oferecem quantidades balanceadas de nutrientes, que são carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, minerais e fibras.

É interessante salientar que não existe nenhum alimento completo, nenhum alimento que contenha todos os nutrientes necessários para uma vida saudável.



Alimentação saudável

 

O “visual” faz parte de uma boa alimentação. Um alimento colorido, bem arranjado, melhora o saber e o prazer em comer.

Cabe lembrar que a refeição deve ter certo ritual, a começar pelo local da refeição: deve ser calmo, com iluminação adequada, sem ruídos em excesso, numa posição confortável. Outra coisa importante: o alimento deve ser saboreado, mastigado com calma, e não apenas engolido rapidamente. Uma perfeita digestão necessita de certa quantidade de saliva, então o alimento precisa ser muito bem mastigado, enquanto a saliva vai sendo misturada com o alimento. O cérebro precisa “tomar conhecimento” da quantidade de alimento que está chegando ao estômago, para que a pessoa sinta-se satisfeita e não coma em excesso.

Como orientação, e do ponto de vista didático, vamos mostrar quatro regras básicas de uma alimentação saudável.

1ª Regra – Faça seis refeições por dia (uma refeição a cada três horas, em média, durante o período em que a pessoa está acordada):

- Café da manhã: deve ser a principal refeição. Seria o famoso “café colonial”. O café colonial deve ser feito pela manhã, assim como fazem os colonos. Tomar café colonial à tarde, pior ainda à noite, é um “pecado” do ponto de vista da nutrição.

- Almoço: coma primeiro as saladas e depois os demais alimentos. O almoço deve ser um “almoço de artista”: salada, cereal, proteína, tudo discretamente em quantidades... e pronto! Sobremesa? Uma fruta é admissível, ou até aconselhável, e a partir daí nada mais.

- Jantar: faça uma refeição superleve. Seria um “jantar de mendigo”. Comer pouco, pouco mesmo.

- Três lanches (manhã, tarde e noite): de preferência com frutas ao natural ou sob a forma de sucos; assim seriam três frutas por dia. Pode ser também iogurte desnatado ou barra de cereal ou mesmo uma refeição básica com café com leite e uma fatia de pão com geléia sem açúcar.

2ª Regra – Procure alimentos com baixo teor ou sem gordura, sem açúcar refinado e pouco sal. Prefira os alimentos integrais: arroz, farinha de trigo, açúcar mascavo, macarrão.

A água deve fazer parte da alimentação.

3ª Regra – Ingira pelo menos dois litros de líquidos por dia (ou mais corretamente 30 ml/kg; então uma pessoa de 70 kg deveria tomar 2,1 litros de líquidos por dia). Os líquidos devem ser ingeridos nos intervalos das refeições.

4ª Regra – Invente. Dieta pobre em calorias não é sinônimo de dieta sem gosto: use ervas e temperos, misture frutas nas saladas, use azeite de oliva extra-virgem e vinagres.


Fuja dos quatro pós brancos

 

 

 

 

A indústria alimentícia vem se esforçando para descobrir novos sabores e convencer todos a consumir mais alimentos, e cada vez mais. As “tentações” são tantas que muitas vezes é impossível resistir. Se por um lado os sabores são irresistíveis, por outro as consequências são desastrosas, catastróficas. Deveríamos, a qualquer custo, fugir do açúcar refinado, do trigo refinado, do sal (tanto refinado quando grosso) e, é claro, da cocaína (desta já sabemos das consequências catastróficas, mas que podem ser comparadas às consequências do açúcar, do trigo e do sal). Você duvida? Leia os itens seguintes deste artigo.

Dúvidas sobre o açúcar

O artigo abaixo foi copiado do seguinte site (você pode acessá-lo em caso de dúvidas):

http://www.vidanatural.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=163:duvidas-sobre-o-acucar&catid=56:artigos-gerais&Itemid=204


              
• POR QUE O AÇÚCAR É UM VILÃO? 
R.   O açúcar branco, refinado, usado para adoçar os alimentos, é sim um vilão.   Os prejuízos que ele causa no organismo são inúmeros. Primeiro, porque ele é uma substância extremamente concentrada. Para você ter uma idéia, uma colher de açúcar equivale a 90 cm de cana (quase 1m), e todo produto concentrado desgasta e sobrecarrega o organismo.
  Além disso, durante o processo de refinamento, a cana perde todos os seus nutrientes, se tornando apenas fonte de calorias. Dessa forma, para ser assimilado, o açúcar “rouba” do organismo importantes vitaminas e minerais como o cálcio, que é importante na fase de crescimento e na prevenção da osteoporose, e a vitamina B1, que é importante para a integridade do sistema nervoso. Sua deficiência causa alterações nervosas como irritabilidade, cansaço e perda de memória.
  O açúcar enfraquece o sistema imunológico, reduzindo a resistência do organismo à vírus e bactérias nocivas, deixando a pessoa mais propensa a gripes, rinite, cistite, cáries e desequilíbrio da flora intestinal. O açúcar também está relacionado ao aparecimento de obesidade, Hipertensão, Diabetes e alguns tipos de câncer como intestinos, mama, ovários, útero, próstata e rins.
•    O CONSUMO DE AÇÚCAR CAUSA AUTOMATICAMENTE AUMENTO DE GLICOSE NO SANGUE?
R.   Ao contrário dos açucares naturais, o açúcar refinado é absorvido muito depressa, causando um brusco aumento da glicose no sangue. O pâncreas é obrigado a produzir uma quantidade extra de insulina para baixar a glicemia. Essa reação é acompanhada de depressão e cansaço e a pessoa sente necessidade de um novo estimulante, e acaba ocorrendo um ciclo vicioso. Essas alterações na taxa de açúcar no sangue deterioram os mecanismos que regulam o metabolismo e esgotam o sistema nervoso.
•    TODOS OS ALIMENTOS QUE CONTÊM AÇÚCAR ELEVAM OS NÍVEIS DE GLICOSE NA MESMA PROPORÇÃO? 
R.   Não, o corpo não absorve todos os tipos de açúcar na mesma velocidade. Por exemplo, os alimentos que contém açúcar refinado, como os doces em geral e as bebidas adoçadas com açúcar, elevam rapidamente a glicose no sangue, aumentando também rapidamente a produção de insulina, o que causa mal estar, dores de cabeça e fome poucas horas após sua ingestão.
  Por outro lado, os açúcares naturais contidos nos alimentos e a presença de fibras contribuirão para que a glicose vá para o sangue lentamente, contribuindo para maior saciedade e controle de peso. É o caso dos pães integrais, aveia, arroz integral, feijões, frutas, verduras e legumes. Todos esses alimentos contêm algum tipo de carboidrato, que é o seu açúcar natural.
   •   O AÇÚCAR CAUSA DIABETES?
R.   O elevado consumo de açúcar aliado a uma alimentação pobre em fibras, provoca uma rápida elevação dos níveis de glicose no sangue e otimiza o depósito de gordura nas células, o que aumenta a resistência à insulina, obrigando o pâncreas a trabalhar mais e mais até que a insulina que ele produz deixa de ser suficiente e o Diabetes é instalado. Quando a alimentação for pobre em fibras, haverá uma maior propensão ao Diabetes.
• É INDICADO REDUZIR A INGESTÃO DE ALIMENTOS RICOS EM CARBOIDRATOS? 
R.   O Carboidrato é um nutriente essencial para o organismo, pois ele fornece glicose que é o combustível para todas as células, indispensável para a integridade do sistema nervoso. Por isso, ele deve representar 50 a 60% da alimentação diária. É necessário, portanto, escolher os carboidratos que são absorvidos mais lentamente pelo organismo, presentes nos cereais integrais, sementes, grãos, feijões, frutas e hortaliças.
• QUAIS SÃO OS MELHORES SUBSTITUTOS DO AÇÚCAR REFINADO, FORA OS ADOÇANTES?
R.   O ideal seria reeducarmos o nosso paladar para apreciar o sabor natural dos alimentos, sem adição de açúcar. Algumas alternativas mais saudáveis são o mel, o melado e o açúcar mascavo ou demerara. Eles também têm uma rápida absorção, não podendo ser usados por pessoas que tem diabetes, mas sua vantagem está no fato de conterem vitaminas e minerais importantes que o açúcar refinado perdeu e por isso “rouba” cálcio e vitamina B1 do organismo.
• AS BEBIDAS ALCOÓLICAS TAMBÉM ELEVAM A GLICOSE NO SANGUE? 
R.   Num primeiro momento sim, porque algumas bebidas alcoólicas são ricas em carboidratos, mas, na verdade o álcool baixa o nível de glicose. Normalmente, quando a taxa de glicose baixa muito, o fígado transforma o glicogênio armazenado em glicose, mas o álcool interfere nesse processo, dificultando a recuperação de uma crise de hipoglicemia. Além disso, o álcool eleva o ácido úrico e os triglicerídeos, destrói neurônios e intoxica o fígado.  
• O AÇÚCAR VICIA? 
R.   O açúcar aumenta os níveis de hormônios como a dopamina e a serotonina, o que causa uma momentânea sensação de bem estar, mas com a liberação da insulina, esse estado de excitação passa, e a pessoa sente vontade de comer mais açúcar, portanto, o açúcar pode viciar.
 • POR QUE GOSTAMOS TANTO DE DOCES?
R.   A introdução do açúcar ocorre bem precocemente, já na mamadeira dos bebês, o que é totalmente inapropriado, uma vez que a criança, desconhecendo o açúcar, não semtirá a sua falta. O uso do açúcar pelos bebês predispõe à diversas infecções e reações alérgicas como problemas respiratórios, infecções intestinais, cárie de mamadeira, além de deficiências nutricionais e atraso no desenvolvimento. Portanto, desde pequenos somos induzidos à dependência ao açúcar.  
  
• UMA INTERRUPÇÃO NO CONSUMO DE AÇÚCAR PODE LEVAR À DEPRESSÃO?
 
R. O açúcar é uma substância estimulante do sistema nervoso e seu consumo em excesso provoca um aumento brusco da glicemia seguido de sua queda. Essas oscilações de glicemia são acompanhadas de depressão e fadiga, gerando o desejo de consumir mais açúcar e isso desgasta o sistema nervoso, o que pode ser agravado por uma deficiência da Vitamina B1, que é protetora do Sistema Nervoso. Portanto, o vicio do açúcar pode estar relacionado com a causa da depressão e a interrupção do seu consumo pode ajudar no tratamento, lembrando que nos primeiros dias de abstinência é normal sentir desconforto devido ao processo de desintoxicação do corpo.

• ADOÇANTE ARTIFICIAL CAUSA CÂNCER? 
R.   Estudos verificaram alta incidência de leucemia em ratos submetidos a altas doses do adoçante artificial ciclamato e câncer de bexiga relacionado ao adoçante artificial sacarina. Estudos também relacionam o aparecimento de mal de Alzheimer e esclerose múltipla ao elevado consumo do adoçante artificial aspartame. Alguns adoçantes apresentam sódio em sua composição, o que pode aumentar a retenção de líquidos e a pressão arterial. Mulheres grávidas são aconselhadas a evitar o uso de adoçantes artificiais devido aos riscos. Os únicos adoçantes seguros são os adoçantes naturais como a frutose, o mel e a estévia. No caso de diabéticos, recomendo apenas o uso da estévia, pois não altera a glicemia.

Farinha de trigo, açúcar e cocaína

O artigo abaixo foi copiado do seguinte site (você poderá acessá-lo em caso de dúvidas): http://veja.abril.com.br/blog/denis-russo/saude/farinha-de-trigo-acucar-e-cocaina/ Se um dia alguém resolver erigir um monumento em praça pública às boas intenções frustradas do pensamento científico, podia ser uma estátua monumental de um prato cheio de pó branco. Assim homenagearíamos de uma só vez três enganos cientificistas: a farinha de trigo refinada, o açúcar branco e a cocaína. Três pós acéticos e quase idênticos, três frutos do pensamento que dominou o último século e meio: o reducionismo científico. Três matadores de gente.

Não é por acaso que os três são tão parecidos. Todos eles são o resultado de um processo de “refino” de uma planta – trigo, cana e coca. Refino! Soa quase como ironia usar essa palavra chique para definir um processo que, em termos mais precisos, deveria chamar-se “linchamento vegetal” ou algo assim. Basicamente se submete a planta a todos os tipos de maus-tratos imagináveis: esmagamento entre dois cilindros de aço, fogo, cortes de navalha, ataques com ácido. Até que tenha-se destruído ou separado toda a planta menos a sua “essência”. No caso do trigo e a da cana, o carboidrato puro, pura energia. No caso da coca, algo bem diferente, mas que parece igual. Não a energia que move as coisas do carboidrato, mas a sensação de energia ilimitada, injetada diretamente nas células do cérebro.

Começou-se a refinar trigo, cana e coca mais ou menos na mesma época, na segunda metade do século 19, com mais intensidade por volta de 1870. No livro (que recomendo muitíssimo) “Em Defesa da Comida”, o jornalista Michael Pollan conta como a tal “cultura ocidental” adorou a novidade. Os cientistas ficaram em êxtase, porque acreditavam que o modo de compreender o universo é dividi-lo em pequenos pedacinhos e estudar um pedacinho de cada vez (esse é o tal reducionismo científico). Nada melhor para eles, então, do que estudar apenas o que importa nas plantas, e não aquele lixo inútil – fibras, minerais, vitaminas e outras sujeiras. Os capitalistas industriais também curtiram de montão. Um pó refinado é super lucrativo, muito fácil de produzir em quantidades imensas, praticamente não estraga, pode ser transportado a longuíssimas distâncias. A indústria de junk food floresceu e sua grana financiou as pesquisas dos cientistas, que, animadíssimos, queriam mais.
Sabe por que esses pós refinados não estragam? Porque praticamente não têm nutrientes. As bactérias e insetos não se interessam pelo que não tem nutriente.
Os três tem efeito parecido na gente. Eles nos jogam no céu com uma descarga de energia e, minutos depois, nos deixam despencar. Aí a gente quer mais. Como eles foram separados das partes mais duras das plantas – as fibras – nosso corpo os absorve como um ralo, de uma vez só. Seu efeito eletrificante manda sinais para o organismo inteiro, o metabolismo se acelera.  Aí o efeito vai embora de repente. E o corpo é pego no contrapé.
Cocaína, farinha e açúcar eram O Bem no final do século 19. Eram conquistas da engenhosidade humana. Eram a prova viva de que a ciência ainda iria conquistar tudo, de que o homem é maior do que a natureza, de que o progresso é inevitável e lindo. Cocaína era “o elixir da vida”. Nas palavras publicadas numa revista do século 19, “um substituto para a comida, para que as pessoas possam eventualmente passar um mês sem comer.” Farinha e açúcar davam margem a fantasias de ficção científica, como a pílula que dispensaria o humano do ato animal e inferior de comer.
O equívoco da cocaína ficou demonstrado mais cedo, já nas primeiras décadas do século 20. De medicamento patenteado pela Bayer, virou “droga”, proibida, enquanto exterminava uma população de viciados. A proibição amplificou seus males, transformando-a de algo que afeta alguns em algo que machuca o planeta inteiro, movendo a indústria do tráfico, que abastece quase todo o crime organizado e o terrorismo do globo.
Levaria muito tempo até que os outros dois comparsas fossem desmascarados. Até os anos 1990, farinha e açúcar ainda eram “O Bem”, enquanto “O Mal” era a gordura, o colesterol. Os médicos recomendavam que se substituisse gorduras por carboidratos e o mundo ocidental se entupiu de farinha e açúcar. Começou ali uma epidemia de diabetes tipo 2, causada pelas pancadas repentinas que farinhas e açúcar dão no nosso organismo. Começou também uma epidemia de obesidade. Sem falar que revelou-se que açúcar e farinha estão envolvidos no complô para expulsar frutas, folhas e legumes dos nossos pratos, o que está exterminando gente com câncer e doenças cardíacas. Como câncer e coração são as maiores causas de morte do mundo urbanizado, chega-se à constatação dolorosa: farinha e açúcar são na verdade muito mais letais do que cocaína. É que cocaína viciou poucos, mas açúcar e farinha viciaram quase todo mundo.
Agora os três pós brancos são “O Mal”. A humanidade está mobilizada para exterminá-los. Há até uma nova dieta vendendo toneladas de livros pela qual corta-se todos os carboidratos da dieta e come-se apenas gordura.
Em 1870, caímos na ilusão de que era possível “refinar” plantas até extrair delas o bem absoluto, apenas para nos convencermos décadas depois de que tínhamos criado o mal absoluto. Mas será que o problema não é essa mania humana de separar as coisas entre “O Bem” e “O Mal” em vez de entender que o mundo é mais complexo que isso e que há bem e mal em cada coisa? Trigo, cana e coca, se mastigados inteiros – integrais – são nutritivos e inofensivos e protegem contra doenças crônicas. Precisamos parar de tentar “refinar” a natureza e entender que ela é melhor integral.

Por Denis Russo Burgierman

 

Especialistas esclarecem 25 dúvidas sobre o consumo de sal

 

O artigo abaixo foi copiado do seguinte site (você pode acessá-lo em caso de dúvidas): http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u4191.shtml
AMARÍLIS LAGE
FLÁVIA MANTOVANI
da Folha de S.Paulo

Ele começou a ser utilizado na culinária não por dar sabor aos alimentos, mas por seu potencial sanitário. Com um forte poder esterilizador, o sal conservava a comida, impedindo a reprodução de bactérias. Mas esse aliado inicial da saúde agora está sob a mira das entidades médicas.

Associado a uma série de problemas, entre eles a hipertensão, o sal foi alvo de uma ação recente da American Medical Association. A entidade pediu à FDA (agência responsável pela regulamentação de alimentos e remédios nos Estados Unidos) que mudasse o status do sal, até agora considerado uma substância de consumo seguro. Além disso, a associação quer reduzir pela metade a quantidade de sódio em alimentos processados ou servidos em lojas de fast-food.


Leonardo Wen/FI

Leonardo Wen/FI

No Canadá, o guia de alimentação desenvolvido pelo governo segue o mesmo caminho. A próxima edição, que deve sair até o início de 2007, vai trazer recomendações para diminuir o sal na alimentação.
O sal não traz só malefícios. Ele é necessário para o equilíbrio dos fluidos corporais e para a transmissão de impulsos nervosos. 

O problema é que nosso paladar se adaptou tanto a ele que o consumo se tornou excessivo. Uma pesquisa recente do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) sobre fast-food encontrou sanduíches cujas unidades oferecem quase 80% do sódio recomendado por dia.

A Folha ouviu especialistas para saber quais são as conseqüências desse exagero e como diminuir a quantidade de sal na comida. A primeira dica é valorizar ervas e condimentos que acentuam os sabores. Afinal, "sem sal" não precisa ser sinônimo de "sem graça".

1 - Qual a importância do sal para a saúde?
O sal está diretamente ligado ao volume de fluidos fora das células. Tudo que modifica a quantidade de sal afeta a retenção de líqüidos no corpo. Ele ajuda a regular as passagens de líqüido e de substâncias pela membrana das células, mantendo a pressão osmótica delas. Além disso, é importante para a transmissão de impulsos nervosos.

2 - Sódio é sinônimo de sal?
Não. 6 g de sal equivalem a 2,4 g de sódio. Fique atento na hora de ler o rótulo dos alimentos: eles trazem a quantidade de sódio, e não de sal, que eles contêm.

3 - Quanto deve ser consumido por dia?
A recomendação é que adultos ingiram de quatro a seis gramas de sal por dia.

4 - Há recomendações específicas para crianças e idosos?
Ambos devem consumir menos sal. Aconselha-se que os pais não adicionem a substância à comida das crianças até os dois anos de idade. Além de o leite materno e o sódio já presente nos alimentos suprirem suas necessidades, evita-se, com isso, que elas se acostumem a uma alimentação muito salgada, já que é nessa fase que se forma o padrão gustativo.

Já os idosos devem comer menos sal (o ideal seria cerca de 5 g por dia) porque tendem a reter mais sódio e também porque, com o envelhecimento, os vasos vão perdendo naturalmente a capacidade de distensão, sendo mais provável que desenvolvam hipertensão.

5 - Em média, quanto sal os brasileiros comem por dia?
Não há estudos populacionais que determinem um valor médio para todo o país. Mas pesquisas realizadas em alguns Estados mostraram que o consumo é de aproximadamente 12 g, valor muito acima do recomendado.

6 - Quem não acrescenta sal à comida come pouco sal?
Não necessariamente. Estima-se que 75% do sal que consumimos seja proveniente de alimentos processados industrialmente. Molhos, como o ketchup, produtos em conserva e embutidos são as opções mais ricas em sal. Os outros 30% vêm dos alimentos naturais e do sal que adicionamos aos alimentos.

7 - Doces estão liberados?
Não necessariamente. Quem tem hipertensão deve evitar produtos adoçados com ciclamato de sódio. Assim como o sal, esse adoçante tem sódio, que afeta a pressão.

8 - Posso suprir minha necessidade diária de sal só com alimentos naturais?
Sim. O sódio está presente na maioria dos alimentos, embora em quantidade pequena. Alimentos como carne, peixes e ovos podem suprir essa necessidade. O problema é que nossa alimentação é pobre em iodo, e o sal de cozinha é, por lei, enriquecido com essa substância. O iodo é importante para a saúde (gestantes que têm um consumo insuficiente de iodo, por exemplo, podem ter filhos com distúrbios cognitivos).

9 - O que acontece a quem ingere uma quantidade insuficiente de sal?
Problemas causados por ingestão insuficiente de sal são raros, mas acredita-se que uma dieta muito restritiva de sal (menos de um grama por dia para adultos) altera o perfil lipídico do organismo, aumentando os índices de colesterol ruim. Ainda não se sabe qual o mecanismo que leva a essa alteração.

10 - O excesso de sal leva à hipertensão?
Sim. Em populações que consomem muito sal, os índices de hipertensão são mais altos à medida que as pessoas envelhecem.

11 - O efeito do sal é o mesmo em todas as pessoas?
Não, os graus da sensibilidade ao sal variam de pessoa para pessoa. Acredita-se que algumas pessoas, por determinação genética, tenham rins que não manipulam bem o excesso de sal no organismo. Por isso, elas seriam mais sensíveis ao sal. Essa característica também está ligada a grupos étnicos: entre negros, por exemplo, a prevalência de pessoas mais sensíveis ao sal é maior. Homens e mulheres também apresentam resistência diferente ao sal. As mulheres, de modo geral, são mais "protegidas" contra os efeitos do sal até a menopausa. Depois disso, o risco de ter hipertensão é mais acentuado nelas do que neles.

12 - Como é possível saber se alguém é hipersensível a sal?
Existem testes que permitem averiguar a sensibilidade ao sal, entretanto, eles são utilizados apenas em pesquisas. Esses exames não são usados na prática clínica porque a recomendação para todas as pessoas, independentemente de elas serem sensíveis ou não, é comer pouco sal.

13 - Quem tem pressão baixa precisa comer mais sal?
Não, pois o fato de a pessoa ter pressão baixa não significa que ela não possa ter hipertensão no futuro. Além disso, sabe-se que os riscos de problemas cardiovasculares são maiores entre pessoas que comem muito sal mesmo quando elas não apresentam hipertensão arterial. O mesmo vale para problemas renais e digestivos. Estudos também mostram que o excesso de sal pode causar broncoespasmos, piorando quadros de asma.

14 - O excedente de sal é liberado pelos rins? Então por que se preocupar com a quantidade?
O rim tem uma capacidade limitada para filtrar e excretar o sal. Quando o consumo é muito alto, o rim trabalha sob uma pressão maior e pode ter seu funcionamento comprometido. A hipertensão é uma das principais causas de doença renal crônica. Além disso, ingerir muito sal aumenta os riscos de cálculo renal --formação de pequenas "pedras" nos rins.

15 - Em quanto tempo o organismo consegue expelir o excesso após uma alimentação sobrecarregada de sal?
Pessoas normais demoram de um a dois dias para reequilibrar o organismo. Em pessoas com hipertensão, o processo de eliminação do excesso de sal demora de cinco a sete dias.

16 - Consumir sal em excesso dá celulite?
Não. A retenção de água que o sal promove é intravascular, e não na pele. Isso pode causar inchaços nas pernas ou nos dedos da mão, mas não celulite.

17 - O sal causa problemas na tireóide?
Sim e não. O cloreto de sódio não afeta a tireóide. Entretanto, no Brasil, o sal é enriquecido com iodo. Se consumido em excesso, o iodo pode levar à tireoidite de Hashimoto em pessoas com predisposição genética a doenças auto-imunes. Em 2003, a Anvisa reduziu os níveis de iodo no sal para evitar esse tipo de problema.

18 - O que é o sal light e quais seus benefícios?
O sal light é formado por uma mistura de cloreto de sódio e cloreto de potássio. Embora os dois possam ser chamados de sal, eles afetam o organismo de formas diferentes. Enquanto o potássio regula a retenção de líquidos dentro das células, o sódio age fora das células. Embora seja recomendado a pessoas com hipertensão, o sal light não é indicado para pessoas com problemas renais. Embora o potássio não leve a doenças renais, problemas nos rins levam a um acúmulo de potássio no corpo, o que aumenta os riscos de problemas cardíacos.

19 - Quais as diferenças entre o sal marinho e o sal mineral?
Embora sejam extraídos de formas diferentes (o mineral de minas subterrâneas e o marinho, da evaporação da água do mar), os dois apresentam a mesma composição e causam os mesmos efeitos no corpo.

20 - Qual a diferença do sal para o glutamato monossódico?
Além do cloreto de sódio, esse tempero tem outras substâncias que realçam o sabor de alguns alimentos. Como é rico em sódio, ele não pode ser considerado uma alternativa saudável ao sal.

21 - Faz diferença colocar o sal durante o cozimento ou adicioná-lo depois, quando a comida já está pronta?
Sim e não. Os efeitos do sal são os mesmos, independentemente do momento em que ele foi adicionado à comida. Mas os médicos recomendam que as pessoas tirem o saleiro da mesa porque elas tendem a colocar mais sal quando a comida já está pronta do que quando temperam na hora do cozimento.

22 - Posso substituir o sal por outra substância?
Embora não exista um substituto para salgar os alimentos, o sal pode ser trocado, nas receitas, por ervas e condimentos que acentuem o sabor dos alimentos.

23 - Grávidas devem seguir alguma orientação específica?
As regras são as mesmas, de quatro a seis gramas por dia. Como a mulher já tem uma tendência a reter líquidos durante a gravidez, o consumo excessivo de sal pode levá-la a um aumento de pressão, o que pode causar pré-eclampsia. Entretanto, a dieta também não pode ser muito restritiva em relação a sal, já que, nos primeiros meses, a gestante tende a ter uma pressão mais baixa, e a falta de sódio pode diminuir o fluxo de sangue que chega até a placenta.

24 - Como deve ser o consumo de sódio em esportistas?
O sódio, assim como outros sais minerais, é liberado pelo corpo junto com o suor. Por isso, pessoas que se exercitam intensamente podem perder mais sódio. Mas isso só se torna um problema se o exercício for praticado por muito tempo (a partir de uma hora, uma hora e meia), principalmente em ambientes quentes e úmidos. Nesses casos, a reposição deve ser feita por meio de bebidas isotônicas, e não pelo acréscimo de sal na comida.

25 - Quais são as regras para a utilização de sal nos alimentos processados?
A legislação brasileira não impõe limites para a quantidade de sal adicionada aos alimentos industrializados nem obriga as empresas a colocar alertas nas embalagens. Mas os fabricantes são obrigados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a informar no rótulo o teor de sódio no alimento.

Fontes: ANDREA GALANTE, nutricionista, presidente da Associação Brasileira de Nutrição; APARECIDA MACHADO DE MORAES, dermatologista, professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas); CELSO AMODEO, cardiologista e nefrologista, chefe de hipertensão do Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese; CLÁUDIA DORNELLES SCHNEIDER, nutricionista especialista em ciências do esporte, professora das especializações da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul); DANIEL MAGNONI, cardiologista e nutrólogo do HCor (Hospital do Coração); JOCELEM MASTRODI SALGADO, pesquisadora e professora titular da Esalq (Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"), da USP (Universidade de São Paulo), e presidente da Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais; LUCÉLIA CUNHA MAGALHÃES, cardiologista, conselheira científica da Sociedade Brasileira de Hipertensão e coordenadora do programa de hipertensão da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia; GERALDO MEDEIROS NETO, endocrinologista, professor da Faculdade de Medicina da USP; e PATRÍCIA FERREIRA ABREU, nefrologista, secretária-geral da Sociedade Brasileira de Nefrologia e professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) 

 

Itens Importantes

 

 

Além de uma dieta saudável há necessidade de se estar atento para dois temas de altíssima importância: atividade física e estresse.
 

Pratique regularmente a atividade física. Qualquer atividade física. Escolha uma que você goste, pois a atividade física deve ser praticada com gosto. Pratique no mínimo três vezes por semana e sempre em torno de uma hora por dia. É aconselhável a orientação especializada de um profissional, numa academia de educação física de sua confiança. Veja o Artigo Atividade Física.

Para combater o estresse não há uma receita específica. O uso de uma dieta saudável, conforme mostrado acima bem como a prática de uma atividade física, já ajudam a combater o estresse. Quando a pessoa consegue identificar a causa do estresse fica mais fácil um pouco. Procure eliminar a causa e não conseguindo, ou quando não se consegue determinar, há necessidade de procurar ajuda de um profissional (um médico psiquiatra ou um psicólogo, conforme o caso). Veja o Artigo Estresse.

 


Conclusão

 

 

Concluindo, chamamos a atenção para a importância da Tétrade ABCD: “Atividade física regular”, “Balanceamento da alimentação”, “Combate ao estresse” e “Descanso e Sono” para uma vida saudável, mais longa e mais feliz.

Além do mais, o “balanceamento da dieta” é necessário para o perfeito funcionamento do organismo, que se torna mais resistente a todas as agressões do dia-a-dia, desde as situações estressantes, as doenças psiquiátricas, passando pelas infecções e viroses e inclusive as doenças mais graves como os tumores.

 

Atenção!

Esse texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um ou vários profissionais e não se caracteriza como sendo um atendimento.


 

 

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