BERA (Brain Evoked Response Audiometry) |
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BERA é um exame digital que analisa o potencial evocado auditivo (uma resposta emitida pelo nervo auditivo ao ser percorrido por um impulso nervoso que neste caso é desencadeado por um som). O ouvido humano está ativo vinte e quatro horas por dia quer o indivíduo esteja acordado, dormindo ou sob efeito de sedativos e mesmo anestésicos. Para que o impulso nervoso seja desencadeado é necessário que o som chegue ao tímpano, percorra os ossículos do ouvido (martelo, bigorna e estribo) e chegue à cóclea, onde a energia mecânica é transformada em energia elétrica e assim “começa” o impulso nervoso.
À medida que o impulso nervoso caminha pelo nervo auditivo para chegar ao cérebro ele vai gerando um potencial (chamado de potencial evocado auditivo) que é captado pelo equipamento conectado à pessoa e transformado em dados que são armazenados na memória de um microcomputador para posteriormente serem analisados e transformados numa curva que é interpretada pelo médico.
Assim, o BERA pode ser realizado em qualquer idade, desde recém-nascidos até idosos, acordados, dormindo (sono natural ou anestesia geral) ou em coma.
Realização do BERA: O paciente precisa ficar imóvel (acordado, sedado ou sob anestesia geral).
· Deficiência neurossensorial (surdez que atinge o nervo auditivo), em casos de tumor do próprio nervo auditivo ou tumor do cérebro que comprime o nervo auditivo;
· Esclerose;
· deficiência auditiva funcional;
· zumbido;
· baixa discriminação vocal (o paciente "escuta, mas não entende");
· doença degenerativa e vascular;
· traumatismo crânio-encefálico;
diagnóstico precoce de morte cerebral de pacientes em coma.
1. O Joint Committee on Infant Hearing da American Academy of Pediatrics enumera os Fatores de Risco para deficiência auditiva:
· Apgar inferior a seis no quinto minuto;
· História familiar de deficiência auditiva congênita;
· Infecções neonatais STORCH (SIDA, Toxoplasmose, Outras infecções tipo sífilis, Rubéola, Citomegalovírus, Herpes sistêmico);
· hiperbilirrubinemia – encefalopatia bilirrubínica;
· septicemia neonatal/meningite;
· hemorragia intraventricular;
· convulsões ou outras doenças do sistema nervoso central;
· anomalias craniofaciais;
· espina bífida;
· defeitos cromossômicos;
· uso de drogas ototóxicas; p
· eso abaixo de 1500 g;
· ventilação mecânica por mais de cinco dias.
2. Na encefalopatia bilirrubínica há alteração de PI-V que associada à bilirrubinemia pode ser um indicador precoce para exsanguineotransfusão.
3. Observa-se no lactente: no primeiro quadrimestre há um elevado grau de disfunção auditiva por imaturidade das células auditivas; no segundo quadrimestre há alto índice de normalização; no terceiro quadrimestre apenas 5-10% permanecem com deficiência auditiva.
Como podemos notar o BERA é um exame valioso que muito auxilia o médico em diversas doenças que atingem o nervo auditivo e o cérebro.
Atenção!
Esse texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um ou vários profissionais e não se caracteriza como sendo um atendimento.