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Clínica Lucano

Unidade Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia

Brusque - SC

  

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Significado e/ou origem de provérbios ou ditados populares


A vaca vai para o brejo. Quando o gado fica doente ou está com idade avançada, em especial a vaca, há uma “preferência” do animal pelos lugares mais distantes ou pelos brejos e é lá que o animal se refugia. Quando se diz que agora a vaca vai para o brejo, significa que “as coisas não estão indo bem” ou que tudo está para ser perdido.

Agora a cobra vai fumar. Parece que a primeira pessoa a usar essa expressão foi o saudoso Presidente Getúlio Vargas. Ao despertar da Segunda Guerra Mundial cogitava-se a possibilidade do Brasil ir à luta. O povo, no entanto, não acreditava e dizia ser mais fácil uma cobra fumar. Ao ser aprovada a possibilidade do Brasil participar na guerra, o que de fato ocorreu (em agosto de 1942, o governo do Brasil resolveu romper relações com os países do Eixo e declarar-lhes guerra). O então Presidente da República adotou como símbolo da FAB (Força Aérea Brasileira) uma cobra fumando e se passou a dizer, para situações que dificilmente iriam ocorrer, que agora a cobra vai fumar.

Águas passadas não movem moinhos. A história vem por analogia de uma cena da obra de Cervantes, Dom Quixote de La Mancha. Seu fiel escudeiro Sancho Panza insistia em mover um moinho com a própria urina, pois ele sofria de incontinência urinária (urina solta). Não deu em nada e Dom Quixote teria dito "Vamos embora, isso não vai dar em nada..." A frase foi “adaptada” para águas passadas não movem moinhos querendo dizer o que passou, passou, vamos em frente.

Amarrar cachorro com lingüiça. Giovanni Boccaccio (1313-1373), nascido em Paris e falecido na Itália, produziu inúmeras obras literárias, entre as quais o Decameron (Dez Dias, em grego), reunindo sátiras sobre costumes florentinos (Florença, onde o próprio Boccaccio viveu). Uma das obras fala de regras fundamentais de conduta social em uma terra tão maravilhosa que nela os cachorros eram amarrados com lingüiça.  Parece, no entanto que outra história mais antiga fala de um reino de Cucanha, de onde surgiu uma versão mais bizarra dizendo que os cachorros também eram amarrados com lingüiça. Um dos cães não resistiu ao aroma e cedeu aos impulsos da gula devorando o que lhe prendia. O Rei dos Cães ficou abismado com tal insubordinação e decretou uma lei que circulou entre os seus súditos para descobrir o infrator. Esta lei determinava que todos os cães deveriam cheirar um certo orifício dos demais para descobrir o misterioso comedor de lingüiça. E a lei, ao que parece, persiste aos dias de hoje. O tempo de amarrar cachorro com lingüiça é um tempo longínquo, mas no qual as coisas eram boas.

Amarrar o bode. Veja “bode expiatório”, abaixo.

Andar à toa. Toa é a “corda com que uma embarcação reboca outra”, Dicionário Aurélio. Um barco que está à toa é aquele que está sendo rebocado e por isso não está produzindo nada ou sendo conduzido por terceiros, não dando conta de sua própria sobrevivência. "Pus-me a passear, à toa, sem saber o que fazia." (José Régio, Histórias de Mulheres, p. 49.).

Atrás de um grande homem sempre há uma grande mulher. Mais uma explicação bíblica. Davi, pequeno e franzino, desafiou Golias, o gigante. A mulher de Davi era enorme e o teria “estimulado” dizendo que se ele fosse derrotado ela acabaria com o que sobrasse dele, em especial os órgãos genitais. David encheu-se de coragem e venceu Golias. Hoje se usa a expressão para se referir a todo homem bem sucedido, dizendo que ele recebe incentivos da esposa.

Bode expiatório. É o indivíduo que leva a culpa por algo que não praticou, geralmente encobrindo o verdadeiro culpado. “Expiar”, de acordo com o Dicionário Aurélio, é sofrer, padecer, cumprir pena. Por outro lado, “espiar” é observar secretamente. A expressão original era bode espiatório, que foi modificando-se com o tempo para bode expiatório com o significado atual. O bode espiatório era o bode (caprino) que, levado para a guerra servia como alerta para os soldados. Como se sabe, o bode é um animal que está atento a tudo. Ele ficava amarrado (donde surgiu a expressão amarrar o bode, que hoje utilizamos quando queremos dizer que alguém está mau humorado, de cara feia) e a qualquer movimento suspeito fazia o maior alarde. O bode espiatório foi muito usado na Guerra dos Mascates, que se registrou de 1710 a 1711 na então Capitania de Pernambuco, e é considerada como um movimento nativista. Confrontaram-se os senhores de terras e de engenhos pernambucanos, concentrados em Olinda, e os comerciantes portugueses do Recife, chamados pejorativamente de mascates.

Bons ventos o trazem. Em 1906 o Distrito Federal (Rio de Janeiro) recebeu Santos Dumont, quando desembarcou vindo da França, depois da façanha de voar com o “mais pesado que o ar”. O Prefeito Francisco Pereira Passos saudou-o dizendo bons ventos o trazem. Ao que parece, ironicamente, Santos Dumont teria retrucado; “mas eu vim de vapor, senhor prefeito”.

Bota a bombinha debaixo do balaio. Parece que o ditado original é bota a galinha debaixo do balaio. A galinha choca se transforma incrivelmente: muda de voz, enclausura-se num ninho, mesmo que sob ela não exista um ovo sequer a ser chocado, passa a comer só duas ou três vezes por semana. Há uma mudança no estado hormonal e por conseqüência no estado psicológico, se assim podemos dizer, incrível. Mas os agropecuaristas familiares, muitas vezes, não têm interesse nesse estado e para resolver colocam a galinha sob um balaio e de preferência sobre uma poça d’água, pois a galinha (e mesmo a pombinha) nunca se deita dentro da água. Então quando alguém está decepcionado ou triste com um amor fracassado, dize-se para botar a galinha debaixo do balaio, o que quer dizer que é para esquecer o romance antigo e partir para novas conquistas.

Cachorro que late não morde. O cão que fica com as orelhas voltadas para trás, coladas ao crânio, com os pelos do dorso eriçados, dando passos para trás, está latindo numa atitude derradeira de vida ou morte. Ele está mais para fugir do que para morder, por isso que se diz que cão que late não morde. Mas cuidado! Esses cães se tornam perigosos no momento em que o agente ameaçador se descuida ou se volta de costas e podem atacar ferozmente.

Calcanhar de Aquiles. Tétis, a mãe de Aquiles, queria tornar seu filho invulnerável. Segurou-o pelos calcanhares e mergulhou-o de cabeça para baixo num lago mágico. Os calcanhares não foram banhados. Na Guerra de Tróia Aquiles foi ferido exatamente no calcanhar, sendo derrotado. Quando queremos nos referir a um ponto fraco de alguém dizemos que este é o calcanhar de Aquiles.

Casa da mãe Joana. Joana foi rainha de Nápolis (1326-1382). Conta a história que ela estava refugiada num bordel em Avignon e mais tarde, por gratidão, mandou escrever nos estatutos: “que todo bordel tenha uma porta por onde todos entrarão”. No Brasil a expressão Casa da Mãe Joana tem um sentido chulo e onde todos mandam.

Coçar o saco. Hoje usamos esta expressão, chula, para designar a pessoa (homem ou mulher, incrivelmente a mulher também!) que fica sem fazer nada, por não ter o que fazer ou por estar curtindo uma malandragenzinha gostosa. Ironicamente, e parece que é óbvio, o primeiro homem a coçar o saco foi Adão. Quando se viu sozinho, e cansado desta tarefa, por não ter mais o que fazer, pediu a Deus uma companheira. E ela passava o tempo coçando o saco dele, Adão. Percebendo o “coça-coça” interminável Deus expulsou os dois do Paraíso. Deve ter outra explicação, mas essa foi a única que achei.

Com a pá virada. A expressão é por analogia ao indivíduo que literalmente abandona a pá (instrumento agrícola) irresponsavelmente, e ela fica virada para o solo, inutilmente. É o malandro que abandona tudo. Com o passar o tempo a expressão ampliou o significado e a expressão é usada para qualquer mudança de conduta, mas ainda em especial quando muda para o lado não recomendável do comportamento.

Com quantos paus se faz uma canoa? Acredita-se que a frase original, utilizada em áreas rurais do Brasil, falava em cangalha, em vez de canoa, afirma o etimologista Deonísio da Silva, da Universidade Federal de São Carlos. A cangalha é um triângulo de madeira colocado no pescoço dos porcos, para que não atravessem cercas nem destruam plantações. “Em regiões ribeirinhas ou à beira-mar, essa peça pode ter sido substituída por pequenas canoas, o que explicaria a origem da expressão atual”, diz Deonísio. Usa-se com quantos paus se faz uma canoa para dizer que se quer mostrar poder, conhecimento ou autoridade, contrapondo frontalmente o que foi dito por outra pessoa. Parece que confronta a “canoa”, feita com um pau, colocada no pescoço dos porcos, que efetivamente não impedia que eles fizessem “porcarias”, as quais não faziam quando usavam a cangalha, feita com três paus.

Conto do Vigário. A história aconteceu em Ouro Preto. Alguém teria doado a imagem de uma santa para duas igrejas, mas não queria dizer para qual delas. Depois da algum tempo um dos vigários sugeriu que poderiam contar com a ajuda nada racional de um burro (o quadrúpede!). E assim concordaram. Levaram o colaborador para um local entre as duas igrejas, colocaram a imagem no lombo dele, e ele faria a escolha. Incontinente o irracional dirigiu-se para uma das igrejas, que inquestionavelmente ficou com imagem. Mais tarde descobriu-se que o vigário tinha treinado antecipadamente o burro. Desse modo o conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.

É a cara do pai cuspido e escarrado. Diz-se de alguém que é muito parecido com outra pessoa, especialmente o filho com o pai. O ditado foi modificado com o tempo. Surgiu na Itália e a tradução correta seria é a cara do pai esculpido em carrara. Seria uma obra “esculpida em carrara”. Carrara é um local da Itália, de onde se extrai o famoso mármore carrara.

Ela está de paquete. Dentro de um significado antigo, segundo o Dicionário do Aurélio, paquete é um “Navio veloz e luxuoso, ordinariamente a vapor, para transporte rápido e regular de passageiros ou ordens e correspondências entre certos portos”. A partir de 1810, chegava ao Rio de Janeiro, mensalmente, sempre no mesmo dia, um paquete com a bandeira da Inglaterra. Daí logo se vulgarizou a expressão correlacionando-a ao ciclo menstrual das mulheres.

Feito nas coxas. Quando alguma coisa é mal feita, muito desigual, sem padrão, dizemos que é feita nas coxas. A expressão originou-se no Brasil colonial, quando foram fabricadas as primeiras casas. As telhas eram do tipo calha, colocadas uma ao lado da outra, alternadamente em sentido inverso. Acontece que as telhas eram moldadas literalmente nas coxas dos escravos. Por isso as telhas ficavam de tamanhos desiguais, de acordo com o tamanho da coxa do escravo.

Ficar a ver navios. Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. A Batalha de Alcácer-Quibir travou-se no Verão de 1578, em Alcácer-Quibir (Marrocos), entre os Portugueses liderados por Dom Sebastião, e os mouros de Marrocos. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltava, o povo ficava a ver navios.

Ficar com Nhenhenhén. Nheë, em tupi, significa “falar”. Quando o Brasil foi descoberto pelos portugueses, eles ficavam conversando entre si e os índios nada entendiam. Por outro lado, os índios assistiam a tudo e diziam entre si que os portugueses ficavam “falando, falando, falando”, isto é ficavam com nhenhenhén. Por outro lado, era isso o que os portugueses entendiam, quando ouviam os índios. Ficar com nhenhenhén é ficar com longas conversas sem dizer nada ou das quais nada se entende.

Ficar sem eira nem beira. Eira é uma área de terra batida, lajeada ou cimentada, onde se secam e limpam cereais e legumes; em volta de eira, há uma beirada ou beira, que serve para conter os produtos na eira. Há também quem diga que eira é o pátio ou quintal da residência e a beira é o beirado (ou beiral) da casa. Então a pessoa sem eira nem beira é aquela que nunca teve nada ou que perdeu tudo o que tinha.

Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão. Esta frase é atribuída ao Sir Francis Drake (1541-1596). Apesar do “Sir” ele era, na verdade, um pirata temido que agia principalmente nos mares da América Central e contratado pelos ingleses. Sua função era saquear caravelas (que já levavam material roubado). Então ele próprio dizia que ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão. Seria uma maneira de se “autoperdoar” e limpar a barra da Inglaterra. Para maiores detalhes veja “Drake's Voyages: A Reassessment of Their Place in Elizabethan Maritime Expansion”, de Kenneth Andrews, 1967.

Macaco velho não mete a mão em cumbuca. Cumbuca é um vaso feito a partir da cabaça (ou cuia) que é o fruto de uma árvore baixa, da família das bignoniáceas, e na qual se faz uma abertura pequena. Dentro da cumbuca coloca-se um engodo e o mico, atrevido, mete a mão e parte do braço, não conseguindo mais retirar, a não ser que largue o engodo, coisa que ele não descobre. Diz-se, então, que o macaco velho, mais esperto, não cai nessa armadilha, aplicando-se a idéia a algumas pessoas que não se deixam levar tão facilmente pelas armadilhas do dia-a-dia.

Matar a cobrar o mostra o pau. Este ditado tem sido usado para dizer que se trata de uma pessoa muito correta, mas na verdade parece que a versão original é bem diferente. Quem mata a cobra deve mostrar a cobra morta. Dizer que mostra o pau é coisa de enrolador, golpista.

Não entender patavina de nada. Aconteceu na Itália. Tito Lívio nasceu em Patavium, hoje Pádua, no ano de 59 a. C. De origem humilde, a base de sua educação foi o estudo de retórica e de filosofia. Usava um latim horroroso, originário de sua região. Quase ninguém entendia o que ele escrevia e assim surgiu o “patavismo” que significava não entender Tito Lívio ou não entender patavina. Hoje se estende o significado para dizer que não se entende nada de nada, nada mesmo.

Não sou contra, nem a favor, muito pelo contrário. Conta-se que o advogado Benedito Valadares Ribeiro (1892-1973), natural de Florestal, MG, que era um político extremamente ladino, muito experiente, e acima de tudo praticante exímio da difícil arte do não comprometimento, qualquer que fosse a situação. Foi personagem de inúmeros casos, fictícios ou não, que corriam de boca em boca. Num deles, dizia-se que ao ser indagado sobre sua posição a respeito de determinado assunto relevante, ele respondeu com a maior seriedade: Eu não sou contra, nem a favor, muito pelo contrário. E a saída é usada até hoje para um escape hilariante de situações comprometedoras. Veja será o Benedito?

O pior cego é aquele que não quer enxergar. Conta-se que em 1647, numa Universidade da França, o Dr. Vicent de Paul D’Argenrt fez o primeiro transplante de córnea. Angel, um aldeão (cego, evidentemente) foi operado e a cirurgia foi um sucesso para a medicina. Quem não concordou com a idéia de sucesso foi o próprio Angel que ficou decepcionado com o mundo que passou a enxergar dizendo que o que imaginava do mundo era muito melhor. O caso foi parar nos tribunais de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quer enxergar.

O que é uai? Parece que a expressão surgir com os trabalhos que impulsionaram a construção de estrada de ferro pelos ingleses, em Minas Gerais, já em operação no ano de 1867. Em 25 de junho de 1885 foi inaugurada a Estação da Estrada de Ferro Leopoldina em Ponte Nova e no dia 30 do mesmo mês o trecho da estrada Ponte Nova–Chopotó. Em 20 de setembro de 1886 foi inaugurada a Estação de Rio Doce, nome depois dado ao município. Os engenheiros e alguns dos operários que vieram da Inglaterra nada ou pouco sabiam do português e falam em inglês entre si. Os trabalhadores do Brasil ouviam a conversa, atentamente e em silêncio, como todo bem mineiro, e a única coisa que entendiam era uai... Uai? Mais tarde soube-se que os ingleses discutiam entre si e argumentavam por que certas coisas teriam de ser feitas de certa forma. E repetiam Why? Why... E os mineiros gostaram, uai!

Onde Judas perdeu as botas. Conta a Bíblia que Judas, depois de trair Jesus, recebeu trinta dinheiros. Depois se arrependeu do feito e enforcou-se, mas sem as botas. Sabendo do dinheiro, os soldados resolveram recuperar a quantia, mas não encontraram nas vestes de Judas e imaginaram que estaria nas botas. Passaram avidamente a procurá-las, e ao que parece não encontram, e o restante da história não ficou conhecido. Quando se diz está lá onde Judas perdeu as botas, quer dizer que está em algum lugar, muito escondido, que ninguém sabe onde.

Pensando na morte da bezerra. É um acontecimento bíblico. O bezerro era sacrificado num altar, para Deus. Um dia chegou a que Absalão não tinha bezerros para sacrificar e resolveu sacrificar uma bezerra, para a qual seu filho tinha uma grande afeição. O filho se opôs ao fato, mas de nada adiantou. A bezerra foi sacrificada e o garoto ficou sentado ao lado do altar o resto de sua vida pensando na morte da bezerra. Hoje, quando se usa esta expressão, queremos dizer que a pessoa está triste, deprimida, longe de tudo e de todos. Em tempo: consta que pouco tempo depois o garoto veio a falecer.

Plantar bananeira. A ridícula posição de um homem ficar de pernas para cima e de cabeça para baixo, lembraria a imagem de uma bananeira com as folhas representadas pelas pernas, a banana pelos órgãos sexuais expostos e as raízes pelos cabelos. Por isso plantar bananeira lembra mais essa posição esdrúxula do que realmente cultivar bananas.

Presente de grego. A expressão teve origem na Guerra de Tróia, que foi um episódio sangrento da antiguidade, muito provavelmente entre 1300 a.C. e 1200 a.C, culminando com a destruição da cidade de Tróia. A causa daquele conflito de mais de dez anos foi o rapto de Helena, grega, por Páris, príncipe de Tróia. A guerra de Tróia se deu quando os gregos atacaram Tróia, buscando vingar o rapto de Helena. A guerra teve seu fim quando os gregos mandaram um “presente” para o príncipe de Tróia. Este aceitou o “presente” imaginando a rendição dos troianos. Uma vez dentro dos muros de Tróia o presente, que era o “Cavalo de Tróia”, construído pelos gregos, continha no seu interior soldados que à noite saíram do interior do cavalo e abriram os portões da cidade. Assim os demais soldados que estavam nos arredores de Tróia entraram e destruíram-na. Os gregos antigos acreditavam que a guerra de Tróia era um fato histórico, mas durante séculos os estudiosos tiveram dúvidas se ela de fato ocorreu. Porém a expressão presente de grego persiste e é usada quando alguém dá um presente com boa aparência, mas que na essência é uma verdadeira bomba.

Quem não tem cão caça com gato. Na verdade o ditado correto é quem não tem cão caça como gato. E como o gato caça? Sozinho. Então, quem não tem cão caça sozinho, astutamente, traiçoeiramente, ou seja, como o gato. Parece que caçar com gato está querendo sugerir "fazer de qualquer modo".

Santo do pau oco. Durante a colonização do Brasil, em especial nos Séculos XVIII e XIX, os contrabandistas escondiam as riquezas aqui encontradas (ouro, pedras preciosas) dentro de imagens de santos feitas em madeira. Com estas atitudes sonegavam impostos auferindo altos lucros. Quando alguém tenta passar por bom caráter, mas tem uma má índole, diz-se ser um santo do pau oco.

Será o Benedito? Em 1930, João Pessoa, candidato à vice-presidência na chapa de Getúlio Vargas, foi assassinado por razões pessoais. A eleição ocorreu e saiu vencedor Júlio Prestes, fato não aceito por Getúlio, alegando fraude na eleição, chegando a um movimento que impediu a posse do eleito. Nomeado chefe do governo provisório, Getúlio preocupou-se em substituir cargos estaduais (governadores ou interventores) colocando políticos de sua confiança. Em Minas Gerais existiam vários nomes e um deles era o do advogado Benedito Valadares Ribeiro que o povo considerava o pior de todos (Veja “não sou contra, nem a favor, muito pelo contrário) e por isso perguntava temeroso Será o Benedito? E foi o que aconteceu: foi o Benedito, nomeado Interventor em 1933, por Getúlio Vargas. A partir daí surgiu a infame expressão que se usa sempre que se tem dúvida sobre qualquer assunto. Benedito Valadares foi o político que governou Minas Gerais por mais tempo (12 anos).

Voto de Minerva. Orestes foi acusado de assassinar sua própria mãe, na mitologia grega, Clitemnestra, que era esposa de Agamemnon, líder dos exércitos gregos em guerra. Clitemnestra teria assassinado Agamemnon, então Orestes, com ajuda de sua irmã, teria vingado a morte do pai, assassinando a própria mãe. No julgamento houve empate na contagem dos votos sobre sua inocência. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Minerva era a Deusa da Sabedoria, das Artes e da Guerra, filha de Júpiter. Voto de Minerva é o voto decisivo, sem apelação, em torno de um assunto não resolvido por uma contagem de maioria simples de voto.

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