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Clínica Lucano

Unidade Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia

Brusque - SC

  

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Rinoplastia e Septoplastia
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Definição

 


A “rinoplastia” é uma cirurgia cuja finalidade é melhorar as características estéticas do nariz, corrigindo deformidades e reduzindo ou aumentado o volume.

A “septoplastia” é uma cirurgia que visa à correção do septo nasal, envolvendo tanto a sua parte cartilaginosa quanto a óssea, para melhorar as condições de respiração através da via respiratória normal.

A “rinosseptoplastia” é uma cirurgia que tem dupla finalidade, tanto no que diz respeito à melhora da estética quanto à da respiração e é realizada num mesmo ato cirúrgico. Tem a finalidade primordial de fazer com que o nariz possa desempenhar planamente suas funções e paralelamente que fique com um aspecto bonito, condizente com a face, pois o nariz contribui de modo muito importante para harmonia da mesma.

Anatomia do Nariz

 

O nariz é composto por uma estrutura osteocartilaginosa (ossos e cartilagens) recoberta externamente por músculos e pele. Internamente esta estrutura é permeável ao ar que respiramos, pois o nariz precisa desenvolver suas funções (veja, neste site, o artigo “As funções do nariz”).

Na Fig. 1 e na Fig. 2 vemos as principais estruturas do nariz.

Fig. 1 – Anatomia e topografia do nariz – vista de frente. Fonte: Dallas Rinoplastia, Jack P. Guinter.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 2 – Anatomia e topografia do nariz – vista de perfil. Fonte: Dallas Rinoplastia, Jack P. Guinter.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nas “septoplastias” intervimos exclusivamente sobre o septo nasal que é a parede que divide o nariz internamente em dois canais. É composto de uma parte cartilaginosa (cartilagem quadrangular) e uma parte óssea (lâmina perpendicular do etmóide, pré-maxila e vômer). Quando há um desvio da linha média, em especial da cartilagem quadrangular (em menor importância da cartilagem vomeriana) e da lâmina perpendicular do etmóide, o nariz fica obstruído e o indivíduo tem dificuldade para respirar. A septoplastia corrige este mau funcionamento sem alterações na parte estética do nariz. Por vezes, paralelamente aos desvios de septo, ocorrem degenerações de estruturas internas do nariz (conchas ou cornetos nasais) havendo necessidade de correção simultânea, no mesmo ato cirúrgico, para plena recuperação das funções do nariz.

Nas “rinoplastias” atuamos na pirâmide nasal propriamente dita, pois há alterações estéticas, visíveis externamente, por alterações dos ossos próprios do nariz, das cartilagens externas (em especial da lateral (ou triangular) e da inferior (ou alar), bem como dos músculos (num total de oito) e dos ligamentos que interligam as cartilagens da pirâmide nasal (são oito cartilagens na pirâmide), com os ossos próprios do nariz (um de cada lado).


Indicação

 

No caso da septoplastia quem faz a indicação da cirurgia é o médico. Neste caso há uma necessidade imperiosa da cirurgia, pois a dificuldade de respiração pelo nariz interfere na saúde de todo o organismo. Há prejuízos para praticamente todos os órgãos, em especial para os pulmões, coração, cérebro e rins, com interferência direta na atividade física, na alimentação, no sono e no controle do estresse, da concentração e do raciocínio, contribuindo de maneira muito nítida para a qualidade de vida.

Por outro lado, a indicação das cirurgias que visam melhorar o aspecto estético do nariz é feita pelo próprio paciente (ou cliente, pois ele está com saúde perfeita). Numa conversa entre o médico que vai operar e o cliente, este manifesta suas expectativas e o médico diz o que é possível fazer, orientando quanto à harmonia da face e os resultados esperados.


Principais alterações estéticas do nariz

O nariz é o centro da face e tem papel fundamental na estética. Pode sofrer uma série de alterações repercutindo tanto na função quanto na estética. As alterações mais comuns são (Fig. 3):

Fig. 3 – As principais alterações estéticas do nariz – vista de perfil.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1. Desvio do septo. Quando o desvio é interno há alterações da função, com bloqueio à respiração. Quando o desvio é caudal (a cauda é a parte mais externa do septo, que fica perto da narina), há alteração da respiração e da estética.
2. Desvio do nariz. O nariz, como um todo, está desviado para um dos lados.
3. Desvio do dorso. O vértice (ou ápice) e a ponta do nariz estão na linha média, mas o dorso está desviado formando o nariz em ‘C’ ou em ‘S’.
4. Nariz em sela. Há uma depressão no dorso do nariz.
5. Giba. É o contrário da sela; o dorso é alto, acima do desejado.
6. Ponta hiperprojetada. Há uma distância muito grande entre a ponta do nariz e o sulco da asa do nariz.
7. Ponta subprojetada. A ponta é pouco elevada.
8. Ponta com hiper-rotação. Há um ângulo muito grande entre a columela e o lábio, maior que 120 graus (nariz muito “empinado”).
9. Ponta com hiporrotação. O ângulo entre a columela e o lábio está reduzido, menor que 90 graus (ponta caída, deixando a pessoa com aspecto de mal humorada).


Análise Estética

 

Os pesquisadores procuraram relacionar as estruturas da face entre si e perceberam que a face é anatomicamente e em termos de estética dividida em três barras (horizontais) e em cinco colunas (verticais), as quais formam um conjunto harmônico. É de se salientar, no entanto, que a regra é que a face é assimétrica. Embora se procure um conjunto harmônico, notamos, sempre, que um lado da face não é igual ao outro. Região frontal, sobrancelhas, bochechas, queixo, etc., sempre têm algo de assimétrico.

Existem mais de oito critérios, dependendo do autor, para serem analisados na estética facial. Neste artigo são mencionados apenas os cinco critérios considerados mais importantes pela maioria dos autores. No entanto, todos os critérios são analisados, do ponto de vista prática, no planejamento pré-operatório.

Os terços faciais (Fig. 4). A face, esteticamente, é dividida, horizontalmente, em três partes iguais, chamadas de “terços faciais”, por quatro linhas também horizontais: a superior é a linha do implante dos cabelos, na região frontal; outra passa pela glabela (ou espaço glabro – sem pêlos – situado entre as duas sobrancelhas); mais uma que passa pela base do nariz e a mais inferior, aquela que passa pela parte mais baixa do mento. O nariz, esteticamente, deve ocupar integralmente o terço médio da face.
Fig. 4 – Os terços faciais – a face dividida em três barras horizontais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os quintos faciais (Fig. 5). Verticalmente a face é dividida em cinco regiões por seis linhas, três de cada lado da face, sendo a lateral aquela que passa pela parte mais externa da cabeça, no couro cabeludo, quando se olha o indivíduo de frente; outra que passa pela ponta externa da pálpebra e a última que passa pela ponta interna da pálpebra. Nesta visão o nariz deve ocupar integralmente o quinto médio da face.

Fig. 5 – Os quintos faciais – a face dividida em cinco colunas verticais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Plano facial horizontal natural – PFHN (Fig. 6). É a linha horizontal, vista lateralmente, com a cabeça em posição normal e relaxada, olhando-se diretamente para frente.

Fig. 6 – O ângulo nasolabial – deve ser mais aberto nas mulheres do que nos homens.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Plano facial vertical – PFV (Fig. 6). É a linha perpendicular, portanto vertical, ao plano facial horizontal natural.

Ângulo nasolabial, (Fig. 6) É o ângulo formado entre o plano facial vertical e a linha que passa pelo ponto mais anterior e o mais posterior na narina. No homem deve ser de 90 a 95 graus e na mulher entre 95 e 100 graus.

Ângulo nasofacial (Fig. 7). É o ângulo formado entre o plano frontal vertical e a linha que passa pelo ápice e pela ponta do nariz. Este ângulo deve ficar entre 30 e 38 graus.

Fig. 7 – O anglo nasofrontal – também é um pouco maior nas mulheres do que nos homens.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Projeção nasal – PN (Fig. 8). É quanto o nariz deve se projetar acima do sulco da asa do nariz. Esta distância deve ser igual ao resultado da distância AP, entre o ápice e a ponta do nariz, multiplicado por 0,6.

 


 

Anestesia

 

As cirurgias do nariz, tanto para correção do septo quanto para a plástica, podem ser realizadas sob anestesia local ou geral.

Nos dias atuais a anestesia geral apresenta um grau de segurança muito grande. Este fato aliado à ausência de dor e à permissividade total disponibilizada ao cirurgião durante o ato cirúrgico leva muitos médicos, inclusive o autor deste artigo, a optar pela anestesia geral.

Após uma avaliação pré-operatória através de exames de sangue, radiografia e capacidade cardiopulmonar, dependendo da idade, o paciente é avaliado pelo anestesista. Não havendo contra-indicação absoluta o paciente é levado ao centro cirúrgico é submetido à anestesia geral e o ato cirúrgico é realizado.

 

 

Atenção!

Esse texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um ou vários profissionais e não se caracteriza como sendo um atendimento.

 

Cirurgia

 

Incisões. A cirurgia é iniciada através das incisões (ou cortes) e basicamente há duas técnicas: a fechada e a aberta. Na técnica fechada (acesso fechado) todas as incisões são feitas dentro do nariz, não ficando nenhum corte ou cicatriz externamente. Na técnica aberta há uma incisão na columela (pequena coluna que divide o nariz em duas narinas), ficando uma cicatriz muito discreta, sendo a parte visível em torno de três milímetros, que quase desaparece depois de seis meses. A técnica aberta tem indicações específicas, como re-operações e traumatismos de nariz, ou preferências pessoais de cirurgiões.

Esqueletização. É a dissecção para visualização das estruturas internas, em especial ósseas e cartilaginosas, do nariz.

Septoplastia. É a correção cirúrgica do septo nasal visando uma respiração adequada.

Ponta nasal. Neste ponto é realizada a correção cirúrgica da ponta de acordo com as expectativas do paciente e as possibilidades técnicas. A ordem em que é realizada a correção da ponta, do dorso ou da base do nariz é variável de um cirurgião para outro ou por condições anatômicas ou de grau de deformidade inerentes a cada paciente.

Dorso nasal. O dorso é corrigido de acordo com o planejamento pré-operatório.

Base do nariz. Correção da base tanto do pondo de vista de estética quanto de função do nariz.

Imobilização e curativo. O nariz deve ser perfeitamente imobilizado. Internamente são feitas as suturas (pontos, na maioria das vezes com fios que não precisam ser retirados, pois o organismo reabsorve-os). Dependendo da técnica utilizada pelo cirurgião e da extensão das alterações do nariz pode ser deixado um tampão no nariz, o que impede a respiração por 2-3 dias. Pessoalmente prefiro a técnica que não precisa deixar o tampão dentro do nariz. Geralmente há uma imobilização externa através de um aparelho gessado colado à pele por fitas adesivas e retirado depois de três dias a uma semana, dependendo do caso.

 

Bioplastia

 

 

A bioplastia é uma técnica de plástica não cirúrgica que consiste na aplicação de implantes injetáveis com a finalidade de moldar as regiões da face, entre elas: o nariz, o queixo, a mandíbula e a maçã do rosto. Através desta técnica revolucionária o nariz pode ter o ângulo nasolabial aumentado, isto é, empinar a ponta; assim também é possível corrigir deformidades objetivando a harmonia das linhas nasais. A grande vantagem desta técnica é que ela pode ser progressiva, isto significa que é possível ir mudando o nariz aos poucos e de acordo com o gosto do cliente e a avaliação médica. É necessária, para um bom resultado, uma rigorosa avaliação de indicação, pois às vezes é necessária a técnica convencional. A grande vantagem é que é possível associar a técnica de bioplastia com a técnica cirúrgica convencional, gerando resultados ainda melhores, mais estéticos e com melhor recuperação.

Este item – bioplastia – foi escrito pelo Dr. Alexandre Henrique de Aguiar Duarte, que atua na área de Medicina Estética desta Clínica.

Cuidados Pós-operatórios

 

 

 

 

 

Os cuidados pós-operatórios estão detalhados no Artigo Cuidados Pós-operatórios – cirurgias das cavidades nasais e paranasais.

Conclusão - Resultados

 

Alguns resultados pós-operatórios estão mostrados nas fotografias abaixo, mostrando o aspecto antes da cirurgia para comparação (Fig. 9 a 15).

Fig. 9 – Pré e pós-operatório de uma rinosseptoplastia. Fig. 10 – Pré e pós-operatório de uma rinoplastia.
Fig. 11 – Pré e pós-operatório de uma rinoplastia. Fig. 12 – Pré e pós-operatório de uma rinosseptoplastia.
Fig. 13 – Pré e pós-operatório de uma rinoplastia. Fig. 14 – Pré e pós-operatório de uma rinosseptoplastia.
Fig. 15 – Pré e pós-operatório de uma rinoplastia.  

Os pacientes, em especial das cirurgias que modificam o aspecto externo do nariz, devem estar atentos para as limitações das cirurgias estéticas. O aspecto externo com certeza será melhorado, mas a expectativa não pode ser exagerada. Nariz “perfeito” ou qualquer órgão “perfeito” não existe. Muito pode ser melhorado e, é claro, o nariz deve estar harmonizado com o rosto. As características raciais, o formato do rosto, o tamanho da face, a textura da pele, os cuidados do paciente no pós-operatório, influem no resultado pós-operatório.

Pacientes estressados, que desejam resultados excelentes em curto prazo, acabam por se decepcionar, pois a cicatrização depende de características inerentes ao organismo de cada um.
A medicina pode oferecer uma grande perspectiva de melhora, mas é preciso muito cuidado para não exagerar na expectativa. Para melhores resultados converse com médico antes da cirurgia e esclareça suas dúvidas.

 

Atenção!

Esse texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um ou vários profissionais e não se caracteriza como sendo um atendimento.

 

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